A Women for Change argumenta que a permissão para que Chris Brown faça shows em um país com uma das maiores taxas de violência de gênero do mundo seria desrespeitosa, especialmente considerando a proximidade das apresentações com a comemoração global dos “16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero”.
A diretora executiva da organização, Sabina Walter, declarou: “Quando eu vi a notícia de que Chris Brown estava vindo à África do Sul, fiquei chocada e profundamente desapontada…”. Ela ainda destacou que o evento envia uma mensagem perigosa, na qual a fama e o poder parecem superar a necessidade de responsabilização.
Os protestos contra as apresentações de Chris Brown são impulsionados também por sua condenação por agredir a ex-namorada, Rihanna, em 2009, o que resultou em um longo período de problemas legais para o artista. Ele já enfrentou dificuldades semelhantes, no passado, em outros países, como Nova Zelândia, Canadá e Austrália.
Independentemente dos apelos pelo cancelamento, a demanda dos fãs foi tão intensa que os bilhetes para a primeira apresentação de Chris Brown, no FNB Stadium, em Joanesburgo, esgotaram em menos de duas horas, levando à adição de um segundo show no mesmo local, que comporta 94 mil pessoas. Até o momento, os concertos permanecem programados para os dias 14 e 15 de dezembro.
Paralelamente, a rede de televisão Investigation Discovery lançará um documentário intitulado “Chris Brown, A History of Violence” no próximo 27 de outubro, como parte da campanha “No Excuse for Abuse”. O documentário vai abordar mais detalhes sobre o passado controverso do artista, incluindo o relato de uma vítima que estaria contando sua história pela primeira vez.
REAÇÃO DO ARTISTA
Ao saber da comoção que sua ida à África do Sul estava causando, Chris Brown reagiu pelas pelas redes socais. No Instagram da Women For Change, de forma irônica, o artista escreveu nos comentários de uma postagem: “Mal posso esperar para visitá-los”, com um emoji de coração.

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